Realidade artificial

Depois de o dia debruçar

Senti o sol me espetar

E sussurrar em meu ouvido

Sobre o vento,

Que soprava na direção

Contraria aos meus instintos,

Embora sentisse o momento

Tentei camuflar

O cego pensamento.

Espalmei a curiosidade

Nesta sensação

Que só existe em sonho,

Mas os sonhos

São enfeitados de realidade,

Um pouco de serenidade

Me fez sacudir

O corpo do marasmo

E fadiguei o eloqüente.

Dialoguei com a manhã

E perguntei sobre

As rajadas de ventos,

No entanto só consegui

Sentir o frio bater

Nos meus sentidos

Conduzindo-me

A respiração ofegante,

Sem pensar na realidade

Fui de encontro a seiva

Que me desdém

A fagulhar rasteiro

Na noite solene.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 02/02/2008
Código do texto: T843213
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.