Confusão no sentido
Vida me ajude a entender
Por que gelei meu tempo
E o que me resta neste dia
São pensamentos burlados,
Coisa do acaso, sem valor,
Apenas sopros do nada
Sacudindo-me para o alto
A ver cair o fidalgo
Que não sou, e se sou,
Nada sei ainda entender.
Tento marejar meu olhar
Na direção contrária,
Mas só o que vejo
São rumores soltos
Sem vertigens absolutas
Apenas marasmos sem relevância
Questionando-me ao naufrágio.
Corro sem olhar para trás
Com a idéia de sentir
O vento bater no meu rosto
E colocar o ar no seu devido lugar,
Pois sem esse momento de ternura
A energia que segue em desacordo
Proclama a minha derrota,
Pelo contrário, fadigo essa reação
E espero o sol chegar
Para colocar a essência
Que faz meu sentido
Um duo desordenado
Ou o reflexo do pensamento.