Sobrevivência do espírito
A força que me sustenta
Muitas vezes parece vaga
Outras vezes evasiva,
No entanto apenas sinto,
Nada mais que isso,
Refiro-me a dor
Quando corrói
Meu espírito sem trégua,
Pois essa é a verdadeira dor
E vem algo que defende
E que me sensibiliza
Fazendo-me esquecer
Que existe dor
Mesmo sentido as furadas
Que as reações fardas
Causam em meus momentos.
Troco à liberdade
Pela cadeia do pensar,
Mas dilacero o filtro
Que condensa a saudade,
Dessa forma a prisão
Torna meu ser
Delgado de sonhos e imaginação
Sempre cavalgando
Nos campos aromáticos
Tentando expelir o cheiro
Que atravesse minha alma
E desafia minha inocência
A lutar pela sobrevivência.