Realidade crua

Realidade crua

Percorro meu tempo

Em busca de sentidos

Para a sentinela

Que derivas na vontade

Sem atropelo

Apenas desculpas

Deixam-me

A questionar a situação.

Tudo que o sabor aflora

Fica suspenso

No meio do seu pensamento

Mas a descarga

É uma liberdade sofrida

Uma emoção encolhida

Pela frigidez do momento.

Tento catalisar

Cada detalhe

Cada possibilidade

Em prol da ergonomia

Da verdade

Sem blefe, sem temor,

Misturo palavras

Com sensações

Sem esquecer

Dos desencontros.

Afirmo se cansar

Que este fim

Pode ser engolido

Pela desfragmentação

Das diversas desilusões

Encosta na parede

Desdém a dor

Que trafega entre

O mor sem doação

E a saudade sem reação.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 13/01/2008
Código do texto: T815505
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