Realidade crua
Realidade crua
Percorro meu tempo
Em busca de sentidos
Para a sentinela
Que derivas na vontade
Sem atropelo
Apenas desculpas
Deixam-me
A questionar a situação.
Tudo que o sabor aflora
Fica suspenso
No meio do seu pensamento
Mas a descarga
É uma liberdade sofrida
Uma emoção encolhida
Pela frigidez do momento.
Tento catalisar
Cada detalhe
Cada possibilidade
Em prol da ergonomia
Da verdade
Sem blefe, sem temor,
Misturo palavras
Com sensações
Sem esquecer
Dos desencontros.
Afirmo se cansar
Que este fim
Pode ser engolido
Pela desfragmentação
Das diversas desilusões
Encosta na parede
Desdém a dor
Que trafega entre
O mor sem doação
E a saudade sem reação.