Amor numa visão clássica
Falar de amor não pode ser só numa poesia de versos, pois tem tanta coisa para recitar sobre o amor que a curtas linhas de poemas seriam pequenas, mas posso colocar traços poéticos nesse texto mariscado com o puro sentimento imaginado por um pensador, embora trafeguemos diariamente dentro dele, fora dele, perto dele, pelos menos as bordas de um sentimento alheio.
Cada um tem sua forma de ver o amor, espero ter similaridade com a visão de muitos, para não haver aqui um contraste de sentimentos, de idéias ou ideais, pois não é a intenção desse poeta que se desdém a escritor e encara esse desafio sobre falar de amor. Falando assim parece simples, mas não é, apenas vou viajar na dimensão que meus instintos conseguem fluir desse corpo esclarecido e cativado por tal emoção.
Sabe aqueles traços no nosso rosto, esses que ditam o dia-a-dia da sobrevivência em nossas atitudes mais simples, um sorriso fácil aquece o espírito e a vida consegue entender o que é esse estimulo. É como se fosse uma química constante levando reagentes ao cérebro e dizendo ao emocional que esse sentimento deixou de ser marginal para fixar no núcleo do nosso corpo, são muitas reações camufladas em diferentes manifestações.
Um carinho dos pais reflete o mais puro teor dessa energia, que transforma densidade em sabor constante. Porém essa situação deve recíproca sem cobranças, nem lamentos, doar este sentimento é a forma correta de criar esta videira, enramando nos laços da fraternidade familiar uma conjuntura sem igual, consumida apenas pelos membros e detentores do convívio dessa orquestra de rumores numa alegria angelical.
Quando criança, sabemos do amor através daqueles ciúmes enfeitados pelos pais, mas nessa idade o amor cresce na medida em que sementes sejam plantadas no coração pequenino pelo tamanho, mas que esboça em sua plenitude o caminho da verdade em prol da sinceridade e o sabor desse amor é o resultado dos ensinamentos. Não se pode pensar em amor num convívio desordenado, onde só reluzem brigas e lamentações, flutuação de palavrões e troca de insultos.
Enfim termino dizendo que o amor é uma troca, uma doação, sem preço, sem amarras, nem ódio, pois onde se há amor apenas raiva pode aflorar numa dimensão comum da racionalidade humana, sobretudo enraizar este sentimento desfaz totalmente a magia. O amor também pode ser visto como um ato deliberativo de relação, uma troca de momentos onde um par se dá sem perceber a sintonia que exercem na matéria, no corpo, na mente e no espírito, esse sim desfaz qualquer desmonte nessa vida inusitada e calada com as emoções involuntárias.