Vida suada

Saudades perdidas

Magoou meu coração

Sem motivo algum,

Apenas para diluir

O néctar que brota

Nas minhas virtudes.

Não se entrego, jamais

Conduzo esse corpo

A vencer fronteiras

Sem temer a paixão

Nem ofender meu ego

Com tais brincadeiras.

Olhando dessa forma

Retiro do meu núcleo

A pureza que me fez

Essa pessoa simples

Sem vícios enclausurados

A depender da imensidão,

Se visto de sã

Para sentir a vontade

Na mais pura realidade

Que desmonta meu céu.

Olho onde piso

A tremer fico,

Quando vejo no alto

Os fogos de desejo

Na minha imaginação

Apenas reclamando

A dor que desfez meu olhar,

Um olhar cheio de brilho

E fantasia tímida

Rasgando-me da liberdade,

Aquela que entrou

E hoje na saudade

Faz-se de morador.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 06/01/2008
Reeditado em 14/01/2008
Código do texto: T804878
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