Vida sem fronteiras
Meio amassado estou
Pelas loucuras
Que a vida
Insiste em pular,
Para que esse corpo
Não padeça
Sem viver intensamente.
Por estes devaneios
Controlo meus passos,
Mas o que importa
Se o gosto
Que rega a garganta
Fica entalado na mente.
Por ventura
Será certo
Essa constante
Lamentação oral
Camuflada na fala
Para guardar os gestos
Sem receios
Nem constrangimentos.
Acho que ta na cara
Sofrimento é não viver,
Sobretudo, nego e digo,
Que sonhar
É colher os momentos
Para fazer a safra
Dos mais salutares
Sentimentos ariscos
Que se faz presente
Em nosso agora
E no nosso sempre.