Por falar em arco-íris
Sol claro, mas sem brilho. Só o que arde é a culpa, presa aqui dentro, como um filho, um rebento.
Não há parto, nem aborto, apenas sofrimento.
Não sei se arde, se dói ou se aperta, só sei que não se aquieta.
Chuva pra lavar tudo, resfriar o tormento, limpar o pensamento.
Talvez me limpe por dentro, retire tudo aquilo, que não sei em que momento, se fez e em mim habita.
Então um arco-íris, quem sabe me visite e traga luz em suas cores, reacendendo o sol e a alma.
Assim acordarei, findar-se-á o pesadelo... ressuscitarei livre e feliz, de forma calma, de forma plena.