Sou Chuva!
Sou chuva errante;
Resquícios de gotas tenais,
Escorridas em latas ao léu.
Sou chuva brava,
Que desceu do céu,
Que corre a Terra,
E acha no frior dos rios:
Seu alento berço de descanso.
Sou chuva levada;
De canto a canto,
Em ritmo manso,
No mesmo balanço,
Pra limpar-e as terras,
Fazer crescer as plantas;
Sou chuva! Nem tempestade nem orvalho;
Sou a xícara meio cheia;
Não almejo o esplendor do raios,
Mas me entristeço com o escondido das noites,
Sou chuva de mansa brisa,
Daquelas que se forma a tarde,
Sobre um campo ou lugar qualquer.
Somos todos chuva!
Que cai,cai,cai