A indecisão decisão do ser
Sei o quero
Não sei o que procuro
E nesse prepúsculo súdito
Vivo a indecisão
O ser mais uma vez se questina
Viver o que é certo
Ou a ilusão
Ama outro ser
É a maior dor
Que um ser pode ter
Sei que o ser
Que iludo-me
Não me ilude
Ou pelo menos
Não responde a nenhuma
De minhas expectativas
Mas não cosigo parar de o admirar
Um só estante
Um só olhar
Este com seu brilho radiante
Tem iluminado todos os dias
De minha vida
Tem dado-me o motivo pra viver
Viver pelo qual não tenho prazer
Motivo este único que só de pensar
Sinto ardência e mal estar
O motivo pelo qual não se deve julgar
Não se deve questionar
apenas o preservar
O motivo de amar
O amor arranca pedaços de meus
Elos mortais
No qual não atribuo tal valor
Impede-me de sentir outro ser
Pois está preso no questionador
Não sei se é direito
Amar sem forma
Com desespero
Não sei se é errado
Amar o tão complicado
tão enrolado
O que adianta ter tudo
Se não se tem o nada
O tudo maléfico
E o nada que o salva
O tudo ordinário
E o nada devastador
O tudo o cenário
E o nada prosador
O tudo horenduo
E o nada animador
O tudo errado
E o nado certo