EU O MEU GATO
Eu o meu gato nessa sala.
Onde na infância amada, eu ria e brincava.
O tempo passou, adulta eu fiquei, e aos 29 anos,
Assisto essas cenas em minha memória, sabendo que essa vivência não foi o talvez.
Pensando nessa solitide que se rotula de solidão, eu avanço então, acertando o X da questão, com precisão
Pra desvendar esse segredo que chamo de dor,
Coisa que antes eu mal sentia, que pela minha inocência valia.
As circunstâncias dilatam a sabedoria, que fragmentam hierarquias.
Que hajam reflexões incondicionais, suspirando aos espirais, aromatizado flores essenciais.
Lembranças vorazes da pequena incapaz, que hoje sabe mais, e pretende saber mais mais.
Inteligência nunca é demais.
Mas é entender, não é uma coisa qualquer.
Entender amplia a mente de gente predestinada a viver.