O PEQUENO HOMEM
Acordou-se além daquele dia;
como nunca, percebera
o brilho da luz do sol que viria
num raio de incerteza.
Entendeu-se alguém pensante
além das jaulas de ferro,
a aprisionar-te tão errante,
fronte ao imenso sotero.
Desligou-se mediante o ontem,
intermediado pelo dissabor
presente nos temores que escondem
disfunções advindas da dor.
Atirou-se do penhasco escuro
repleto de tantas águas turvas.
As marcas em seu destino impuro
cobriam o palor como burcas.
Retornara-se morto e distraído de si
apenas respirando o gélido ar
que passava antemão do fim a ti
em busca do sono a lhe amparar.