O meu nome em tua boca
Eu estranho este lugar que nunca foi meu.
Estranho esse nome distorcido pelo qual me chama.
Sorrio com a boca fechada pelo amor que te tenho.
E por dentro? Por dentro nunca fui o que tu vias.
Agora temos medo.
Ao menos estamos de mãos dadas.
Tu tem tanto medo quanto eu.
Medo da minha morte em vida.
E essa pele áspera?
E o que se esconde por baixo dela? É real?
É delicado e frágil demais.
O trato ainda é torto e incômoda.
O incômodo ja não vem da mentira.
A mentira pode ainda ser o pilar do mundo.
Ao menos aos poucos deixará de ser minha.