Elementar
No intento do caminho o observador
Observa
Que o fogo que advém das estrelas
Cintila
Que a chuva que lava a Terra
Transforma
Que o vento que encanta os ouvidos
Respira
Que o pó que se esfarela da estrada
Alimenta
Não há narrador, não há história
Não há personagens, não há memória
Não há passado, não há futuro
Não há origem, não há destino
Se escrevo pensando em quem ler
Certo ou errado posso lhe fazer crer
Se escrevo pensando em quem escreve
Foco em não ser breve
Ser, como somos, únicos e inteiros
Ser, sem a pressa do relógio e os ponteiros
Ser poesia pura, mística e realidade
Ser a expressão da verdade
De que lá no fundo [no além] da superfície
De que lá dentro, onde o ar vai embora
Há paz, tranquilidade e luz