Poeminha da manhã

Alguma vezes, sou estrada.

Outras, uma seta.

Em um tempo, não sou nada,

uma saudade inquieta.

Amanhã, deslizo e caio,

mas a reerguida é certa.

Um dia passo bem,

no outro passo a régua.

Se calo, grito forte

no ouvido de quem espera

uma palavra apenas

seja ela de esperança

ou, simplesmente, uma quimera.

E se eu não tenho o que dizer,

já disse com certeza

e quem escuta pode ver

que o silêncio é uma beleza.

LUCIANO AUGUSTO
Enviado por LUCIANO AUGUSTO em 16/04/2021
Reeditado em 16/04/2021
Código do texto: T7233293
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