Joana

Joana, penso em teu olhar

em meio aquele ódio sujo

que ardia com as chamas

mórbidas da ignorância.

A mentira vestida de justiça

te condenou à morte por simplesmente viver.

Enquanto a verdade despida em seu olhar

era deturpada, apunhalada pelas costas.

Provou do perigo que é viver

de verdades em um mundo hipócrita,

onde muitos se embebedam de ilusões

e apagam a cura desse veneno em suas fantasias.

E pensar que existiram, existem e existirão

tantas joanas me faz refletir

sobre a lucidez da humanidade.