A POESIA II

A poesia nasce

De forma espontânea.

Em mim ela é provocada

Por sorrisos, lágrimas e olhares,

Por murmúrios e burburinhos

Por romances dramáticos

Ou contos da carochinha

- Até por frases fraseadas...

Ela vagueia nas ruas

Está nas calçadas

Nas praças, nas varandas

Debaixo das pontes

Nos órfãos e renegados,

Nos sedentos e famintos

Da ventura lhes negada...

Ela se lança e emerge

Na fulminância dos sentidos

Na abrangência do nada

No silêncio das noitadas

No retumbar da alvorada

Na sinfonia da passarada

No fulgor da pessoa amada.

A poesia descansa paciente

Nos braços da esperança

Enquanto é adubada

Na mente fértil do poeta

Para ser reencarnada.

Erivaslucena
Enviado por Erivaslucena em 24/07/2020
Reeditado em 05/09/2021
Código do texto: T7015388
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