De escanteio

Surgiu

Apareceu e explorou

Ficou

Ficou e gostou

Gostou e confiou

Confiou na vida

No clima

Dos dias

Que dias...

De todos os dias

Como estadia

Estrada, ainda que doida

Percorrida afinco

Agindo desde o início

Assumindo destaque

Levantando contrastes

E seguindo ante a margem

Vive uma arte

Vive numa vibe

Que corre fora do desastre

Mas deixa falhas...

Deixa correr as palhas

Se espalha como pastas

Que caem da estante

E nesse instante invade

Rapidamente consome

As mesas e móveis de mármore

E transforma o fino tecido

Em pano de enxágue

Para limpar todo o enxarque

Que causa

Sem causa

Sem pausa

Para como todo testemunho

Fica na história

Amostra à todo mundo

Para fazer um pouco de barulho

Porém, todo barulho

Alcança limite e cai

Vem com força e vai...

Vai de cima para baixo

Vai em cima e em baixo

Vai e consome a boca

E deixa com gosto de centeio

Enche o canteiro

Do parque inteiro

E avisa que quer brincar

Mas depois só quer

Deixar para escanteio...

Fabrício Felix da Costa
Enviado por Fabrício Felix da Costa em 11/07/2020
Código do texto: T7002420
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