ODE A UMA PRINCESA ADORMECIDA
Alma suntuosa de celestiais desejos de amor
Rio de loucuras esdrúxulas, águas de desejos ardentes
Kerubim de templos majestosos e cheios de fervor
Lascivo é teu corpo, são teus olhos cheios de ironias de serpente
És o espelho da luxúria contido no silêncio de teus gestos
Não demonstras o que sentes em teu cofre de mistérios
És o fogo da vaidade, do poder; és flor de estupros e incestos
As tuas intenções, os teus instintos de mulher destruiriam impérios
Riso sarcástico de incólume Vênus agitada de anseios
Katedral de pensamentos contidos querendo explodir em agressões
Leio o teu furor, teus desejos, tuas decepções em teu enleio
És vulcão de ansiedade querendo destruir meu tédio e minhas prisões
Não trazes contigo o desespero; tens a calma do orgulho dos deuses
Eterna é tua capacidade de disfarçar tua inquietude de princesa!