ODE A UMA PRINCESA ADORMECIDA

Alma suntuosa de celestiais desejos de amor

Rio de loucuras esdrúxulas, águas de desejos ardentes

Kerubim de templos majestosos e cheios de fervor

Lascivo é teu corpo, são teus olhos cheios de ironias de serpente

És o espelho da luxúria contido no silêncio de teus gestos

Não demonstras o que sentes em teu cofre de mistérios

És o fogo da vaidade, do poder; és flor de estupros e incestos

As tuas intenções, os teus instintos de mulher destruiriam impérios

Riso sarcástico de incólume Vênus agitada de anseios

Katedral de pensamentos contidos querendo explodir em agressões

Leio o teu furor, teus desejos, tuas decepções em teu enleio

És vulcão de ansiedade querendo destruir meu tédio e minhas prisões

Não trazes contigo o desespero; tens a calma do orgulho dos deuses

Eterna é tua capacidade de disfarçar tua inquietude de princesa!

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 09/07/2020
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