Rima filosófica
Pensar a infinitude do Universo
É o que move o filósofo-poeta,
Tendo o Conhecimento como meta
E cimentando a ideia fluida em verso.
Perscrutando nos mistérios do Ser
Ele se vê diante do insondável...
"Como veio a ser mundo tão admirável?",
Pergunta-se, sem nos seus olhos crer.
O espanto o qual inspira o céu profundo
E o infinitesimal na Natureza
Fazem ascender à eterna Beleza
Aqueles que indagam os Porquês do mundo!
Filósofo-poeta é o que faz
Do páramo etéreo um portal...
Para uma dimensão que é a real,
Na qual só sobrevive a mente audaz!
Real e irreal, diz o poeta, são,
De uma mesma moeda, duas faces.
Prefiro o real com suas interfaces,
O filósofo diz, pés firmes no chão.
E, unidos nessa singularidade,
Ambos procuram pela pura essência:
A solução do enigma da existência,
Que transmuda o caos em unidade.