A FERA DA JUVENTUDE
Na dança do hospício bailam hippies, punks, vozes
Num tempo de estrelas, rock, drogas, ocultismos
Teologias e prazeres se misturam ao álcool em doses
O sexo fez-se tão banal como o sonho e o modismo
Discussões florescem em amizades feitas concreto
Pois as almas são inconstantes como os ventos e o calor
Psicodelismo invade a veias em teias velhas de cimento
E os lamentos jorram em sangue de suor e de horror
Jovens sem destino contemplam o mel e a decadência
Enquanto os seus ídolos são tão vazios quanto suas mentes
Dançam alucinadas em busca do êxtase da existência
Esnobam a nobreza, mas cultuam outras serpentes
Nesse neocanibalismo esquecem do mundo em dor
Isolam-se em suas seitas de angústia e despudor