Ser ou não ser?

Ser ou não ser? Eis a questão!

Hoje eu sou apenas um ser...

Em meio a todo esse caos

Eu me transformo...

Em meio à toda essa fumaça

Eu apareço...

E no encaixo de um abraço apertado

Eu permaneço...

Sou livre!

Fora da sua caixinha

“-Ah, mas quem pudera. ”

Disseram-me, mas sou fora dessa linha

Abstenho-me de toda razão

Sou agora tudo o que não se pode definir

Sou um ser coração

Que se permite às sensações o sentir

Agora eu lhe faço um pedido

Depene-me de todo esse seu conceito ungido

Sinta-me!

Se desfaça de toda essa imagem rotulada.

Não sei se eu não sou por não querer ser

Ou se por medo

Estou agora perdido

Estou agora perdida

Abomino qualquer que seja padrão

Dessa sociedade suicida

Sou agora frágil

Tanto medo de ser, que não sou nada

Sou “apenas” vítima

Dessa sociedade que mata.