De opção à escolha
São tantos os despropósitos, que assim me indisponho.
Nada mais procuro dessas perdas tão somente ocasionadas,
os resquícios de uma solidão, as horas desesperançadas...
os subtraídos deleites, que há muito desconheço.
Então, depois de tanto, é isso o que mereço?
Os restos de um banquete para o qual não fui convidado?
As terceiras intenções de quem nunca esteve ao meu lado?
Confesso estar muito cansado dessas tantas preterições,
quando um outro saboreia o champanhe e eu que recolho a rolha...
vou deixar de ser opção para quem nunca fez de mim sua escolha.