As tais memórias afetivas...

As tais memórias afetivas...

Esses dias, querendo ou não...

Ao me dirigir ao meu dentista

Acabei passando pela minha escola primária

E muitas memórias...fiquei a sentir ou relembrar

Sim, senti, de forma profunda...

E nada banal

Afinal, nessa fase da minha vida, vivi experiências fortes

Algumas, até um pouco traumáticas

Que em minha alma, por mais que tente esquecer

Sim, para sempre...ficaram a estampar

Mas, enfim, sobre as tais memórias afetivas

Sejam elas más ou boas

Se eventualmente as sentirmos

Não sei até que ponto devemos das mesmas...escapar

Afinal, quando passamos por elas

Talvez, talvez, tenhamos que meditar sobre algumas questões nossas

Que, querendo ou não, na nossa vida adulta

Ficam a voltar

Questões que podemos até ter colocado uma pá de cal

Mas, que se voltarmos, sem medo do que iremos encarar

De repente, de repente...

Alguns canais deveras bloqueados...somos capazes de liberar

Até porque, no nosso passado, podemos ter vivido experiências boas

para o nosso crescimento

Mas, que, no entanto, por vergonha, por termos sido julgados por tantos

Ou até mesmo por nós mesmos

Ficamos a enterrar

Enfim, seja como for, ou o que for...

Quando nos depararmos com tantas memórias afetivas...

Por mais que queiramos é olhar para frente...

Não temamos...

Se nos dizemos fortes...

Fiquemos a mesmas...encarar