Flor de Lótus

Liberta!

É minha alma, agonizante,

neste mundo, onde alimentas,

minha vida em tuas mãos...

Teu olhar de complacência,

roga por sabedoria,

mas mortal que sou, não vejo,

e rebelde, sigo então...

Liberta.

Pois teu corpo transparente,

não é visto, por tua gente,

que blasfema, o Nome em vão...

Entre Guerras, vão matando,

entre fomes devorando,

as sementes de irmandade,

que plantastes, no teu chão...

Liberta.

Este Povo colorido,

cuja pele, é mais sentido,

que um olhar de compaixão...

E os que não mais reconhecem,

os sorrisos de esperança,

preso ao rosto das crianças,

que do amor, são expressão...

Liberta...

Esta gente passageira,

sobre a Terra alvissareira,

de destino régio e teu...

Viajantes de um deserto,

cujo solo, mesmo infértil,

faz brotar a Flor de Lótus,

sob o olhar, do Criador...

Day Moraes
Enviado por Day Moraes em 03/11/2005
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