Flor de Lótus
Liberta!
É minha alma, agonizante,
neste mundo, onde alimentas,
minha vida em tuas mãos...
Teu olhar de complacência,
roga por sabedoria,
mas mortal que sou, não vejo,
e rebelde, sigo então...
Liberta.
Pois teu corpo transparente,
não é visto, por tua gente,
que blasfema, o Nome em vão...
Entre Guerras, vão matando,
entre fomes devorando,
as sementes de irmandade,
que plantastes, no teu chão...
Liberta.
Este Povo colorido,
cuja pele, é mais sentido,
que um olhar de compaixão...
E os que não mais reconhecem,
os sorrisos de esperança,
preso ao rosto das crianças,
que do amor, são expressão...
Liberta...
Esta gente passageira,
sobre a Terra alvissareira,
de destino régio e teu...
Viajantes de um deserto,
cujo solo, mesmo infértil,
faz brotar a Flor de Lótus,
sob o olhar, do Criador...