Cardiologia
Escrito em 7/5/2019
Tem visões que só o coração consegue enxergar
Que nem o mais fixo olhar percebe
Entre sonhos, nuvens e noites
O coração persevera na gente
Suspirando vermelho
Sozinho no frio
Ele é quem mais se descontenta no contente
Pulsátil, é rígido no ser
Quebrou-se em cacos
Quando viu alguém passar
Ou quando se fez pensar em si
Esse sangue que fortalece e entristece
Quem do coração cuida e sente
É escravo das nobres emoções que tem
Um escravo voluntário do não saber
O óbvio, isso qualquer um vê
Mas não minto ao dizer que o mais óbvio não se vê
Porque isso é o servir do coração
Confundir as visões que temos
Para que não se esqueça do sentir,
A graciosa desventura de ser