Vontade
As vezes eu sinto
ali no fundinho
aquela vontade
traiçoeira
abusada,
De provocar
de atiçar,
de quem sabe
que botão apertar.
Aquela vontade
um tanto maldosa
um tanto dengosa
de ter o poder,
de fazer dançar
sob sua musica,
sem dever
nada a ninguem.
Aquela vontade
de mandar
a tudo e todos
à merda!
de fazer o que quer!
por querer!
por poder!
pra judiar!
pra assanhar!
Mas como um ardor
eu abafo esse fogo
refreio esse estorvo
e ignoro o comichão.
É um anseio maldoso
uma satisfação vazia
uma vitoria fria
uma ilusão de poder.
Pouco me serviria
para amaciar o ego
sair do sério
enlouquecer um dia
pra viver depois
uma nova realidade
por mim destruida.
Tudo que fazemos
para o bem
ou para o mal
a nós retorna.
Não farei o mal
por egoismo,
por que, meu bem!
Você me faz querer!
Mas, meu bem...
Você não vale a pena.