A saudade faz a vida morrer
O que posso fazer
Para enrijecer minha mente
E delirar no real
Consagrando minhas virtudes
Deleitando o suave ranger
Desmontando o insaciável
No reverso da vida.
Um som profundo
Na luz do céu
Orquestrado pelo véu
Que sugerem meus dias
Quase sem roer
Quase sem arder em lágrimas
Choro em silêncio.
Pobre sorridente
Que de tanto lutar
Acaba solitário
No irreal imaginário
Prostrado e solitário
Sem viés para socorrer.
Ponderar é a solução?
Talvez sim,
Talvez não.
Não posso prever,
A única coisa que sei
É que nos próximos anos
Um só calafrio irá sentir,
Aí está presente
O fim se transforma
Em evidente
E a saudade faz a vida morrer.