A Voz
Enquanto se escuta uma canção,
Na tv, e uma cantora desconhecida,
Com a sensibilidade sofrida, morre; não
Pela qualidade vocal já suicida,
Mas pela voz esganada;
Pelo vozeado de pata roca; atrofiada!
Não se ouve mais uma doce modulação
Das figuras seresteiras, cheias de acordes!
Cantores que faziam vibrar a multidão,
Com melodias cujos discos eram recordes
De venda e de ouvintes de rádio;
Artistas que tinham na voz o gládio!
Ouvia-se o tenor abrir o peito,
Modulando as frequências altas e fortes...
Ou, então, um modulante de efeito
Com canções que traziam amores e mortes
À alma, desejosa de transar, de amar
Com sua gêmea; apertadas em qualquer lugar...
Enquanto se escuta uma canção,
Na tv, e uma cantora desconhecida,
Com a sensibilidade sofrida, morre; não
Pela qualidade vocal já suicida,
Mas pela voz esganada;
Pelo vozeado de pata roca; atrofiada!
Não se ouve mais uma doce modulação
Das figuras seresteiras, cheias de acordes!
Cantores que faziam vibrar a multidão,
Com melodias cujos discos eram recordes
De venda e de ouvintes de rádio;
Artistas que tinham na voz o gládio!
Ouvia-se o tenor abrir o peito,
Modulando as frequências altas e fortes...
Ou, então, um modulante de efeito
Com canções que traziam amores e mortes
À alma, desejosa de transar, de amar
Com sua gêmea; apertadas em qualquer lugar...