Sem arco-íris

Choveu como dilúvio infindo
Há tempestade que invadiu tudo 
Escoou pelos olhos, vazou pelos poros 
Escorreu pelas veias e pele sem vazante 
Há inundação sem trégua dilatando muito 
Não existe escoadouro suficiente para tanto 
O que mil sóis poderiam evaporar não existe 
Há um sol apático e sem boa vontade que observa 
Há uma progressão geométrica em cada uma das linhas 
Querer, queriam que fizesse o milagre da seca 
Milagres assim são desconhecidos por todos 
Será preciso resumir muito tal amplitude 
Quem tem a fórmula que a recite ou receite 
É urgente que se faça aridez concreta 
Caso do acaso no ocaso da vida enfim 
Se houvesse a sabedoria necessária 
Não haveria pedidos de socorro
Nas poças o afogamento cruel
Eis tanta maldade vã, vil
Rose Stteffen
Enviado por Rose Stteffen em 09/11/2017
Código do texto: T6167411
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