Diálogo solitário este.
Rubras as faces na lembrança.
Não eram só palavras, era a voz,
Esse líquido viscoso
Emprenhando pelos ouvidos,
Livre, direto, sem ruído.
Intensa fúria que desbrava,
Rasga e empurra o que engasga.
Canção repetida que explode -
Sacode, e, quando se vê
Lágrimas escorrem -
Gota a gota enchendo o copo
Que por desastre se derrama;
Pó misturado na lama -
Resvalou...
Fim da peça ou intervalo?
Quiçá um prelúdio,
Óleo onde se banha
No escorregar da vida -
Saturado tempo que se fecha -
Tantas eras por vir...
E agora, essa flecha!
Rubras as faces na lembrança.
Não eram só palavras, era a voz,
Esse líquido viscoso
Emprenhando pelos ouvidos,
Livre, direto, sem ruído.
Intensa fúria que desbrava,
Rasga e empurra o que engasga.
Canção repetida que explode -
Sacode, e, quando se vê
Lágrimas escorrem -
Gota a gota enchendo o copo
Que por desastre se derrama;
Pó misturado na lama -
Resvalou...
Fim da peça ou intervalo?
Quiçá um prelúdio,
Óleo onde se banha
No escorregar da vida -
Saturado tempo que se fecha -
Tantas eras por vir...
E agora, essa flecha!