BELÉM
Chovia e a molecada corria endoidada pelas ruas, e as águas já batiam nos joelhos. A praça é logo ali! Bola na mão, sacola no bolso. Diversão e mangas para todos.
O vento soprava e as mangas caiam. No meio da praça a bola ficava e as sacolas não mais estavam vazias. Era fruto e diversão.
Os anos passaram e as arvores tombaram... Que vergonha! Que tristeza! É o desprezo com a natureza, nem mudas se botavam, me parece que o deserto desejavam.
Que calor sufocante! Onde foi o vento? Aquele que outrora soprava e as belas mangueiras balançavam. Enchendo de saborosas mangas nossas avenidas e praças.
Onde estão os meninos que corriam na chuva? Que levavam a bola e a sacola.
Onde estão as mangueiras? Aquelas que orgulham nos davam e que fazia deste chão cinzento um manto verde sem igual... Elas que chamavam o vento, que limpavam o ar, que fazia a sombra sobre nossas cansadas cabeças, que frutos nos davam.
Onde está Belém? A cidade das mangueiras, a rainha da Amazônia, a perola do Pará.
E onde estão as mangueiras?