Nós, os avestruzes!
c!ãoQuanta sujeira! Quanta falcatruaI
O lixo vai pra baixo do tapete!
O povo vai servindo de enfeite,
refabricando meninos de rua.
O patrimônio que ora se cultua,
como a moral, o bem, a honestidade...
cedeu o seu lugar pra Magestade,
o sumo capital que a bolsa atua.
Hoje, quando se fala em boa ação,
independentemente de utopia,
se fala de uma ação que, a cada dia,
renova os predicados da inflação.
Aonde vai parar o cidadão!?
Pra onde a política conduz!?
Seremos um eterno avestruz:
bunda pra riba e cara pro chão!?
Seremos mil reféns de um capitão,
que vive entre martelo e a cruz?