Noite...
Noite, em seus místicos silêncios,
de ventos uivando e lua serena,
que ilumina as águas, refletindo as mágoas,
os prantos, sorrisos, os amores despidos,
os amantes calados e os calores, gemidos...
Noite, que como o vento que chega,
e a hora que passa,
é tempo, breve, de encanto leve.
Sussurra nas pedras, nas árvores canta,
na folha que balança, e na flor,
que espalha seu perfume,
pela atmosfera mágica da escuridão...
Noite,
cheiro doce de natureza quente,
que da terra evapora.
Terra que sorri e chora, úmida de orvalho.
Onde a semente brota, até colher-se o fruto,
e saciar a sede, e saciar a fome.
Noite, que ouve meus prantos,
e me protege em seu manto,
de luzes e estrelas multicoloridas.
Mil pontos distantes, para mim, um instante,
onde encontrar a noite, é entender a vida...