Noite...

Noite, em seus místicos silêncios,

de ventos uivando e lua serena,

que ilumina as águas, refletindo as mágoas,

os prantos, sorrisos, os amores despidos,

os amantes calados e os calores, gemidos...

Noite, que como o vento que chega,

e a hora que passa,

é tempo, breve, de encanto leve.

Sussurra nas pedras, nas árvores canta,

na folha que balança, e na flor,

que espalha seu perfume,

pela atmosfera mágica da escuridão...

Noite,

cheiro doce de natureza quente,

que da terra evapora.

Terra que sorri e chora, úmida de orvalho.

Onde a semente brota, até colher-se o fruto,

e saciar a sede, e saciar a fome.

Noite, que ouve meus prantos,

e me protege em seu manto,

de luzes e estrelas multicoloridas.

Mil pontos distantes, para mim, um instante,

onde encontrar a noite, é entender a vida...

Day Moraes
Enviado por Day Moraes em 16/10/2005
Código do texto: T60206