Solidão envolvente
A escassez prolongada
Transformou-me em pó,
Um pó sem gosto
Um nó na garganta,
Quase gosto de centeio
Sem sombra a resguardar.
Diante do suspiro
Abriram-se as cortinas...
Na passarela da amizade
Uma luva rosa,
De pensamento puro
E sentimento simples,
Dentre inúmeras palavras
Descarto o erro
Para não me curvares
Ao desanimo da alma.
As lagrimas,
Que correram
No meu coração,
Deixaram crateras
Na minha razão,
Diante da sensação
O esquecimento desfaz
As vidraças que me separam,
Dos fortes ventos
E das tempestades.
Choro em silencio
E escuto os solavancos
Que a vida dispara
Em minha mente...
Ó solidão envolvente!