Águas do Tempo...
Sugere-me o silêncio,
que tua alma breve,
visita-me o Ego,
insatisfeito e inquieto,
talvez, ridículamente,
vaidoso...
Desleixo o corpo,
na cama de expectativas,
sem qualquer cuidado,
e percebo que esta sombra,
espreguiça-se,
no meu cansaço...
Tua silhueta, insinua-se.
Contempora meu acaso,
e mesmo assim,
displicente,
deixo o corpo ali,
quedar, calado...
Nada é mais real,
que o tempo.
Até o que rege,
todas as nossas,
inexistências,
e fracassos...
Porque o tempo corre,
e escorre sobre nós,
como se fossemos,
seus leitos...
Tantas vezes,
desfeitos.
Quase sempre,
imperfeitos...