Navio de Devaneios Universais

Eu estava em uma

Longa viagem,

Sobre águas de

Devaneios universais.

A leve brisa de fumaça

Que eu abrigava em

Meus pulmões, saía

Sem pressa da boca

De minha Vó,

Me ajudando a aprofundar-me

Na misteriosa névoa: o futuro.

Eu pretendo libertar

A mente das pessoas,

Mas a liberdade se tornará

Crime digno de solitária execução.

Mesmo eu e algumas poucas pessoas

Não seremos capturados pelo

Homem Amantes de Cavernas,

E as flores e as rosas deixarão

As pessoas mais violentas.

As cobras insidiosas se engajarão

Numa explosão nuclear.

As pessoas se sentirão desafiadas

E sujarão a minha já imunda imagem.

Peço-lhes que quando forem

Realizar meu assassinato,

O façam quando eu estiver caminhando

Tranquilamente num dia que transmita

A sensação de vitória.

Esgueirando, me sigam sem me deixar

Perceber suas insanas presenças.

Apontem.

Então puxem o gatilho

Da arma mais poderosa que

Puderem obter e

Explodam minha cabeça para

Que eu morra sem ter conhecimento

E

Nem memória do que acabara de acontecer.

Não assustem-se com o barulho de um

Corpo pesado caindo no chão, vocês

Ouvirão isso diversas vezes.

Não se preocupem em esconder meus

Miolos jogados contra a calçada.

Mas meu sangue escorrerá pelos bueiros

E esgotos,

E eu me tornarei a cidade e o que vocês

Fizeram comigo, ou farão, me parecerá um

Grande favor.

Obrigado.

L M Bisouri
Enviado por L M Bisouri em 24/01/2017
Reeditado em 25/01/2017
Código do texto: T5891446
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