Somos nós
Corte profundo.
Abismo cego.
Em praças do mundo,
Meu peito aberto.
Palavras sem fim,
Nas veias da vida.
A cor do carmim,
a brotar das feridas.
Palavra não dita,
na boca, selada.
E ao longe tu gritas,
em minha alma calada.
E assim posso ouvir,
o eco de tua voz.
Que me disse ao partir:
Não és tu, somos nós...