Maturidade

Não vejo rugas,

mas sinto a maturidade.

Chama-me à razão,

em desprezo às sentimentalidades.

Não quero fugir de minha essência!

Desejo a liberdade de um olhar...

Desejo os desejos,

sem censuras nem culpas.

Não quero,

transfundir de meu corpo,

o sangue do amor,

que me manteve viva.

Não quero,

transpirar frieza,

sem perfume...

Não quero,

cegar-me ao sol,

nem me ensurdecer,

ao canto das cotovias.

Quero o perfume,

na ausência do ar.

Quero o amor,

na ausência de tudo mais...

Day Moraes
Enviado por Day Moraes em 10/10/2005
Código do texto: T58380