Dezesseis e quinze

Meus olhos quase que se assustam ao olhar no relógio.

Já eram quatro e quinze.

Não pelo horário,mas pela corrida entre ponteiros e o jeito que um tentava açoitar o outro.

Mas era impossível,todos estavam presos a si mesmos,assim continuavam em um grande ciclo.

O ardor que sinto nos olhos é quase inexplicável,e minha garganta aperta,quase que sufoca.

Tiro o colar presente no pescoço,mas não era aquilo que me sufocava durante aquela madrugada.

Minhas mãos tremulas e fracas insistem em escrever algo.

Meu estômago doí fortemente.

Tenho tomado inúmeros remédios pra inúmeras dores que nem eu sei.

Tudo dentro de mim grita.

Sou a mais estridente sinfonia,presa num corpo que diz viver em sua própria calmaria.

Yngrid Bitencourt
Enviado por Yngrid Bitencourt em 22/05/2016
Código do texto: T5642854
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