Dezesseis e quinze
Meus olhos quase que se assustam ao olhar no relógio.
Já eram quatro e quinze.
Não pelo horário,mas pela corrida entre ponteiros e o jeito que um tentava açoitar o outro.
Mas era impossível,todos estavam presos a si mesmos,assim continuavam em um grande ciclo.
O ardor que sinto nos olhos é quase inexplicável,e minha garganta aperta,quase que sufoca.
Tiro o colar presente no pescoço,mas não era aquilo que me sufocava durante aquela madrugada.
Minhas mãos tremulas e fracas insistem em escrever algo.
Meu estômago doí fortemente.
Tenho tomado inúmeros remédios pra inúmeras dores que nem eu sei.
Tudo dentro de mim grita.
Sou a mais estridente sinfonia,presa num corpo que diz viver em sua própria calmaria.