Meu corpo parado

Meu corpo parado

minha mente inquieta

Pretendo aforgar-me

Encher o copo de vazio

E beber cada gota de nada

Caminhando na estrada

De bosta e democrcaia

Sendo a boca da fé e da falha

Sendo só poesia

Molhando na chuva os cabelos

E os pés na água salgada

Vou viver mais um pesadelo

Ou acabar não sonhando com nada

Nesse barco navegando na manhã

E um desejo tão profano

Quanto a morte

O amor perecendo sem contexto

Num incesto, um pretexto da invernada

Condimenta a liberdade ilustrada

Numa estrada deserta

As cancelas abertas

Mas os pés sem toada

As estrelas parecem não nos escutar

Se escutam, não interagem

Se estendem intacta no véu nublado

A julgar nosso passado

O algoz e o algoritmo

A forçamentária do impossível

Condição humana inaudível

Permanecer feliz em meio ao fisco

Victor Leonardo
Enviado por Victor Leonardo em 21/05/2016
Código do texto: T5642450
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