Eu me orgulho dos meus versos!
Eu me orgulho dos meus versos,
Que de mim nascem. Saem qual filho,
Que eu gero, eu carrego no ventre,
E depois saem para o mundo.
Me orgulho de cada trejeito,
Cada palavra outrora encerrada
Aqui, gerada em meu peito.
Me orgulho da facilidade com que saem,
Porque um verso quando nasce,
Ele encontra pessoas e me leva,
Estou então por todos os lados,
Praças públicas e vale profundo.
Eu me orgulho porque não tenho nada.
Mais nada. E os versos se multiplicam,
Quando um parte fecundam-se outros,
Mais fortes e mais puros de mim.
Eu me orgulho de poetar. Sim!
Porque fora isso, quem sou?
Sou palavra solta qual pipa perdida.
Sou somente matéria, sem fôlego, sem vida.
Sim. Eu em orgulho dos meus versos!
15.03.2016