Ando meio Bukowski
Adornado contra matéria.
Sou feito amor e a miséria.
Um monstro em apneia.
Alastrando a cerebral coreia.
Sou a calma pobre
Onde resta a cor cobre
Dos antepassados pulmonares.
Das ideias perpendiculares.
Um substrato do bizarro
Uma apoteose do profano
Onde sou menos desumano
Entre o Abraço e o escarro.
Me torno podre ao natural
Essa limpeza que devasso
Que nem em helicarnasso
Haveria algo tão escultural.
Prefiro me largar as traças
Pois no meio das desgraças
Sou mais coerente
Do que a certeza carente.