Despedida (Labirinto)
Quando sou seu
Não sou mais nada,
Nem se quer um rastro,
Tão pouco raspas.
Não que você me mate por dentro,
Porque não se mata o que não existe,
É algo que eu ainda não entendo,
Portanto, não lamente.
Sou como um verbo,
Difícil de conjugar,
Tanto no presente quanto no passado,
Um fruto verde, seco e amargo.
Por isso só, eu preciso estar,
Porque ainda ando perdido,
Mesmo em mim, um labirinto,
Posso ainda me encontrar.