Mulher infame
Coitada daquela,
que sob a luz da vela
esconde uma alma negra,
rastejando pelas sarjetas.
Criatura que espreita a rua,
trancada pela porta de casa,
pendurada em sua janela.
Tece palavras mentirosas,
morde a mão que a alimenta
e derruba o teto que a abriga.
Coitada dela.