Tempos de se guardar
Que desalinho, meu Deus!
O pássaro, sem árvore,
fez da antena, casa.
O homem, sem casa,
garimpou árvore,
construiu seu ninho.
Hibernou desse frio
de apenas um na multidão
Passarinhou...
Tão seu,
tão só,
tão livre.
Para Mauro, que desaprendeu ser Zé Ninguém.