Viagens nas noites frias

Viagens nas noites frias

Antecipada noite quase a viajar,

Cheias de bons e maus pressentimentos.

Voando nesses tenebrosos ares,

Em baixo os profundos mares,

Lembro os navegantes em tormento.

No avião singrando a escuridão,

Bem no alto o firmamento estrelado.

Dei por estar a segurar uma mão,

Acordei, tudo não passou de ilusão,

Acordei e voltando-me para o lado.

Quase todos dormitando na hora,

As luzes da aeronave eram mortiças.

Desejando chegar sair para fora,

O sono arredio foi-se embora,

Os membros dormentes como cortiças.

Noite infinita dentro do aparelho,

Engenhoca da engenharia espacial.

Uma senhora via-se ao espelho,

Acordou um menino ainda fedelho,

Esta viagem longa mas especial.

Estas horas, era longas tediosas

Fechados como sardinhas em lata.

Ouvia-se vozes algo ansiosas,

Tinham partido mas já saudosas,

Viagem começara já está farta.

J. Rodrigues (Galeano) 24/10/2014

Galeano
Enviado por Galeano em 28/09/2015
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