Ser é viver
Caminhar sem rumo
É um bom remédio
Para a tristeza,
Que o corpo produz
Durante questionáveis
Horas de suplicio.
São momentos flagelados,
Dores de cabeça
E esbarrões alavancados
Nas derivadas
Das esquivas
Onde suplicas a solidão.
Deixa escorrer a testa
Um pingo salgado,
Fomentando o fôlego
Quase esquecido
Pela vida sedentária
E o descaso.
Sentis o ar da manhã
E desfrute das orquestras
Apalpando a natureza,
Deixando-a entrar solta
Neste serpentino
E desolado dia-a-dia.
Não fujas da saúde
Com belíssimas expressões,
Pois um dia
Esta saúde
Fugirá de você
E o pingo de suor
Que não se desfez
Te derrubará sem dó.