zooética
Trançando as pernas segue, embriagado,
a tropeçar nas patas do seu cão.
Blasfema, balbucia, beija o chão...
até pegar no sono, estatelado.
O cão guarda de cor cada pecado,
que o vício impingiu ao companheiro.
E sente o ar da morte pelo cheiro
do sangue e do vermute derramado.
E solta um aulido amargurado,
e lambe, sem pudor, a mão ferida,
e cheira o corpo inerte atrás de vida,
e deita o sofrimento ao seu lado.
Orelhas murchas, rabo abaixado,
patas fletidas sob próprio corpo.
Qual deles realmente estava morto,
eu tenho, a vida inteira, perguntado.
Trançando as pernas segue, embriagado,
a tropeçar nas patas do seu cão.
Blasfema, balbucia, beija o chão...
até pegar no sono, estatelado.
O cão guarda de cor cada pecado,
que o vício impingiu ao companheiro.
E sente o ar da morte pelo cheiro
do sangue e do vermute derramado.
E solta um aulido amargurado,
e lambe, sem pudor, a mão ferida,
e cheira o corpo inerte atrás de vida,
e deita o sofrimento ao seu lado.
Orelhas murchas, rabo abaixado,
patas fletidas sob próprio corpo.
Qual deles realmente estava morto,
eu tenho, a vida inteira, perguntado.