ENQUANTO...

ENQUANTO...

Enquanto a brisa chega e se desprende

Fazendo calmamente o seu trajecto,

Eu vou escrevendo um poema que inda acende

O gosto de enviar, por ele, afecto;

Envolto na beleza desta curva

Das muitas que o caminho me apresenta,

Enquanto inspiração não se me turva

(A fonte onde esta pena se alimenta),

Espalharei meus sonhos no caminho

Tal como vejo as folhas no Outono;

Até que um vento leve ao desalinho

Ou à eternidade do meu sono.

Joaquim Sustelo

(em "ENQUANTO A BRISA SOPRA" - poema de abertura)

Joaquim Sustelo
Enviado por Joaquim Sustelo em 19/06/2007
Código do texto: T532570