ENQUANTO...
ENQUANTO...
Enquanto a brisa chega e se desprende
Fazendo calmamente o seu trajecto,
Eu vou escrevendo um poema que inda acende
O gosto de enviar, por ele, afecto;
Envolto na beleza desta curva
Das muitas que o caminho me apresenta,
Enquanto inspiração não se me turva
(A fonte onde esta pena se alimenta),
Espalharei meus sonhos no caminho
Tal como vejo as folhas no Outono;
Até que um vento leve ao desalinho
Ou à eternidade do meu sono.
Joaquim Sustelo
(em "ENQUANTO A BRISA SOPRA" - poema de abertura)